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O adoecimento psicológico da mulher na sociedade contemporânea

Atualizado: 25 de ago.

No texto A Moral Sexual “Cultural” e a Doença Nervosa Moderna, Freud (1908) relata que a vida em sociedade exige renúncia a certas satisfações pulsionais, especialmente ligadas à sexualidade. Essa renúncia, imposta pelas normas culturais, gera um mal-estar psíquico que se manifesta em forma de sintomas.

A cultura impõe repressões à convivência social, mas nem todos os sujeitos encontram na sublimação um destino possível para suas pulsões. Essa desigualdade aparece, por exemplo, na diferença entre os sexos. A mulher, mais rigidamente convocada a silenciar seu desejo, tende a sofrer com maior intensidade os efeitos dessa repressão. Enquanto os homens, ainda que também submetidos à repressão cultural, encontram maior tolerância social para a expressão ou sublimação de seus impulsos. As mulheres são frequentemente constrangidas a negar seus desejos, sob o risco de censura ou exclusão simbólica. Essa relação produz consequências clínicas importantes porque embora todos os sujeitos experimentem o mal-estar próprio da civilização, as mulheres, submetidas a uma repressão mais intensa, podem apresentar sofrimentos psíquicos mais agudos.

Por isso, a análise se configura como um espaço fundamental para que a mulher possa ser ouvida sem julgamentos e possa, pouco a pouco, se aproximar de seu desejo, este que a cultura tantas vezes tentou silenciar e desejo esse que, tantas vezes, foi interditado pela cultura, mas que segue sendo a força que move a vida.



FREUD, Sigmund. A moral sexual 'cultural' e a doença nervosa moderna (1908). In: Cultura, Sociedade, Religião. O mal-estar na cultura e outros escritos. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.


 
 
 

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